terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MILLENNIUM:OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES

É quase impossível não escrever sobre Os Homens Que Não Amavam as Mulheres sem compará-lo a versão sueca. Muitos o descrevem como um remake, o que eu considerado exagerado já que ambos são adaptações da obra de Stieg Larsson. Quando você compara por este ângulo, fica perceptível a diferença entre os filmes.

Na trama, Mikael Blomkvist é um dos donos da revista Millennium. Ele acaba de perder um grande caso na justiça por uma matéria que publicou na revista sobre o empresário Hans-Erik Wennestrom. A hacker Lisbeth Salander trabalha para uma empresa de segurança e acaba de fazer um dossiê completo sobre Blomkvist para Henrik Vanger, que contrata o jornalista para pesquisar o desaparecimento de sua neta, Harriet, que aconteceu a mais de 40 anos atrás, caso este que não foi resolvido pela polícia.



Daniel Craig carrega muito bem o filme como Blomkvist, mas o destaque não poderia ninguém menos do que Rooney Mara, em uma performance visceral e comprometida como Lisbeth Salander. Ela é tão boa quando Noome Rapace na versão sueca, embora sua personagem esteja mais bem escrita na versão hollywoodiana.  Ela realmente viaja no personagem e entende a natureza de Lisbeth.
Assim como todos os filmes de Fincher, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres se destaca pela virtude técnica. Excelente fotografia, ótima edição, uma atmosfera bem utilizada. Tudo faz sentido ao ouvirmos a brilhante trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, possivelmente a melhor dos últimos meses. A esnobada da dupla no Oscar é praticamente inaceitável.
Ainda que a trama demore a ser encerrada (e acredite, o livro demora mais ainda), Os Homens Que Não Amavam as Mulheres é uma ótima adaptação do clássico moderno de Stieg Larsson. E como estamos fazendo comparações, é melhor que a versão sueca.

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